Direcionado aos estudantes do Ensino Médio, neste BLOG nós alunos do 1º semestre de HISTÓRIA, apostamos numa proposta didática levando em conta uma discussão contemporânea da Sociologia. Assim, o conteúdo expresso neste trabalho deverá cumprir o papel de construir saberes críticos, dinâmicos e problematizadores das noções do senso comum.



sábado, 10 de dezembro de 2011

ÍNDIOS DO NORDESTE E SEU ESTUDO (Artigos, Livros e Outros)

MELLO, Mário. 1929. "Os Carnijós de Águas Bellas". Revista do Museu Paulista, XVI: 793-846. São Paulo.

OLIVEIRA, Carlos E. de. 1931. "Os Carnijós de Águas Belas". Revista do Museu Paulista, XVII: 519-527. São Paulo.

MELLO, Mário. 1935. "Etnografia pernambucana: os Xucurus de Ararobá". Revista do Instituto Archeológico, Histórico e Geográphico Pernambucano, 33: 45-47. Recife.

OLIVEIRA, Carlos E. de. 1937. "O ossuário da Gruta do Padre em Itaparica e algumas notícias sobre remanescentes indígenas no Nordeste". Boletim do Museu Nacional, XIV-XVII: 151-181. Rio de Janeiro. 1943.

PINTO, Estêvão. 1935-38. Os Indígenas do Nordeste, 2 vols. São Paulo: Nacional.

HOHENTHAL Jr., William D. 1954. "Notes on the Shucuru indians of Serra do Ararobá, Pernambuco, Brazil". Revista do Museu Paulista, N. S. VIII: 93-166. São Paulo.

PINTO, Estêvão. 1956. Etnologia Brasileira: Fulniô, os Últimos Tapuias. São Paulo: Nacional.

TRUJILLO FERRARI, Alfonso. 1956. "Os Kariri de Porto Real do Colégio,um grupo tribal abrasileirado". Sociologia, 18(3): 233-251. São Paulo.

TRUJILLO FERRARI, Alfonso. 1957. Os Kariri: o Crepúsculo de um Povo sem História. São Paulo (Publicações Avulsas da Revista Sociologia, 3).

PINTO, Estêvão. 1958. "Dados históricos e etnológicos sobre os Pankararu de Tacaratu". in: Muxarabis e Balcões e Outros Ensaios. São Paulo:Nacional. 33-58.

HOHENTHAL Jr. William D. 1960. "As tribos indígenas do médio e baixo São Francisco". Revista do Museu Paulista, N. S. XII: 37-71. São Paulo.

HOHENTHAL Jr., William D. 1960. "The general characteristics of indian cultures in the Rio São Francisco valley". Revista do Museu Paulista, N. S. XII: 73-86.

AMORIM, Paulo M. 1975. "Acamponesamento e proletarização das populações indígenas do Nordeste brasileiro". Boletim do Museu do Índio,Antropologia, 2. Rio de Janeiro.

CARVALHO, Maria R. G. de. 1977. "Los Kariri de Mirandela: un subsegmento rural indígena". América Indígena, LXXXVII(1): 113-121. México.

AGOSTINHO, Pedro. 1980. "Bases para o estabelecimento da reserva pataxó". Revista de Antropologia, 23: 19-29.

AGOSTINHO, Pedro. 1981. "Condicionamentos ecológicos e interétnicos da localização dos Pataxó de Barra Velha". in: AGOSTINHO, Pedro (Org.). O Índio na Bahia; Revista Cultura, 1(1): 71-77. Salvador.

CARVALHO, Maria R. G. de. 1982. "Um estudo de caso: os índios tuxá e a construção da barragem em Itaparica". in: SANTOS, Sílvio C. dos (Ed.). O Índio perante o Direito: ensaios. Florianópolis: UFSC: 117-127.

ROCHA Jr. Omar da. 1982. A política dos outros: os Kiriri nas eleições de 1982. Salvador, ms.

ROCHA Jr. Omar da. 1982. 'O Índio é Federal: o INTERBA no caso Pankararé; ANPOCs. Nova Friburgo, ms.

ROCHA Jr. Omar. 1983. 'O Índio é de menor': os Kiriri e o movimento indígena no Nordeste; ANPOCS. Águas de São Pedro, ms.

REESINK, Edwin B. 1983. "Índio ou caboclo: notas sobre a identidade étnica dos índios do Nordeste". Universitas, 32: 121-137. Salvador.

CARVALHO, Maria R. G. de. 1984. "A identidade dos povos do Nordeste". Anuário Antropológico, 82. Fortaleza e Rio de Janeiro: UFC e Tempo Brasileiro: 169-188.

REESINK, Edwin B. 1984. "A questão do território dos Kaimbé de Massacará: um levantamento histórico". Gente, i(1): 127-137. Salvador.

SAMPAIO, José A. L. 1984. Pankararé: a construção de uma identidade étnica; UNICAMP. Campinas, ms.

SAMPAIO, José A. L. 1986. De caboclo a índio: etnicidade e organização social e política entre povos indígenas contemporâneos no Nordeste do Brasil, o caso Kapinawá; UNICAMP. Campinas, ms.

ROCHA Jr., Omar da. 1987. "'Yes, nós também temos índios': os Pataxó de Porto Seguro". Cadernos do CEAS, 111. Salvador.

CARVALHO, Maria R. G. de. 1988. "Os povos indígenas do Nordeste: território e identidade étnica". in: AGOSTINHO, Pedro (Org.). O Índio na Bahia; Revista de Cultura, 1(1): 1-15. Salvador.

MARTINS, Marco A. F. N. 1988. "O toré na Lagoa Grande". in: AGOSTINHO, Pedro (Org.). O Índio na Bahia; Revista Cultura, 1(1): 147-149. Salvador.

NASSER, Elisabete M. C. & NASSER, Nássaro A. S. 1988. "Notas sobre as crenças e práticas religiosas dos Tuxá". in: AGOSTINHO, Pedro (Org.). O Índio na Bahia; Revista Cultura, 1(1): 133-137. Salvador.

REESINK, Edwin B. "A questão do território dos Kiriri de Mirandela: um confronto de dados e versões". in: AGOSTINHO, Pedro (Org.). O Índio na Bahia; Revista de Cultura, 1(1): 41-49. Salvador.

ROCHA Jr., Omar da. 1988. "Persistência, mudança e perspectivas dos Pataxó meridionais". in AGOSTINHO, Pedro (Org.). O Índio na Bahia; Revista Cultura, 1(1):61-66.

OLIVEIRA, João P. de. 1993. "Povos indígenas no Nordeste: fronteiras étnicas e identidades emergentes". Tempo e Presença, 270: 31-34. São Paulo.

OLIVEIRA, João P. de. 1993. "'A viagem da volta': reelaboração cultural e horizonte político dos povos indígenas no Nordeste". in: PETI (Programa de Estudos sobre Terras Indígenas, UFRJ). Atlas das Terras
Indígenas do Nordeste. Rio de Janeiro: V-viii.

CARVALHO, Maria R. G. de. 1994. De índio 'misturado' a índio 'regimado'; comunicação apresentada à 19ª Reunião Brasileira de Antropologia. Niterói, ms.

ARRUTY, José M. A. 1995. "Morte e vida no Nordeste indígena: a emergência étnica como fenômeno histórico regional". Estudos Históricos, 8(15): 57-94. Rio de Janeiro: APDOC.

SAMPAIO, José A. L. 1995. "Notas sobre a formação histórica, etnicidade e constituição territorial do povo Kapinawá". in: REIS, Elisa et al (Orgs.). Pluralismo, Espaço Social e Pesquisa. São Paulo: ANPOCS e HUCITEC: 245-271.

SAMPAIO, José A. L. 1995. "Povos e territórios indígenas no Nordeste: notas para um mapa da fome". in: INESC et al (Org.). Mapa da Fome entre os Índios no Brasil (II). Brasília: 31-39.

Textos brasileiros importantes para acompanhamento das teorias influentes sobre estudos de índios no Nordeste:


GALVÃO, Eduardo. 1953. "Estudos sobre aculturação dos grupos indígenas do Brasil". in: Encontro de Sociedades: índios e brancos no Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979: 126-133.

GALVÃO, Eduardo. 1959. "Áreas culturaisindígenas no Brasil: 1900-1959. in: Encontro de Sociedades: índios e brancos no Brasil. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979: 193-228.

CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. 1964. O Índio e o Mundo dos Brancos: uma interpretação sociológica da situação dos Tukúna, 2ª ed. São Paulo: Pioneira, 1974.

RIBEIRO, Darcy. 1970. Os Índios e a Civilização: a integração das populações indígenas no Brasil moderno, 2ª ed. Petrópolis: Vozes, 1977.

CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. 1970. "Por uma Sociologia do campesinato indígena no Brasil". in: Sociologia do Brasil Indígena, 2ª ed. Brasília e Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1978: 142-150.

CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. 1971. "Identidade étnica, identificação e manipulação". in: Identidade, Etnia e Estrutura Social. São Paulo: Pioneira, 1976: 1-31.

CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. 1978. "Identidade e estrutura social". Enigmas e Soluções, exercícios de etnologia e de crítica. Fortaleza e Rio de Janeiro: UFC e Tempo Brasileiro, 1983: *

CARNEIRO DA CUNHA, manuela. 1979. "Etnicidade: da cultura residual mas irredutível". Revista de Cultura e de Política, 1(1): 35-39. São Paulo.

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. 1983. "Parecer sobre os critérios de identidade étnica". in: COMISSÃO PRÓ-ÍNDIO (Ed.). O Índio e a Cidadania. São Paulo: Brasiliense: 96-100.

OLIVEIRA, João P. de. 1988. O Nosso Governo: os Ticuna e o regime tutelar. Brasília: Marco Zero.

CARVALHO, Maria R. G. de. 1989. "Introdução". in: CARVALHO, Maria R. G. de (Org.). Identidade Étnica, Mobilização Política e Cidadania. Salvador: OEA, UFBA e EGBA: 9-27.

WOORTMANN, Klaas. 1990. "'Com parente não se negoceia': o campesinato como ordem moral". Anuário Antropológico, 87. Rio de Janeiro e Florianópolis: Tempo Brasileiro e UFSC: 11-73.

OLIVEIRA, João P. de. 1994. "Os instrumentos de bordo: expectativas e possibilidades do trabalho do antropólogo em laudos periciais". in: SILVA, Orlando S. e et al
(Eds.). A Perícia Antropológica em Processos Judiciais. Florianópolis: UFSC: 115-139.

Teses e Dissertações:


Autor: BANDEIRA, Maria de Lourdes
Ano: 1967
Título: Os Kariri de Mirandela. Um grupo indígena integrado
Grau/Inst.: Mestrado em Ciências Humanas - UFBA
Orientador: Pedro Agostinho
Chaves: economia, relações interétnicas
Publicação: Salvador: UFBA, 1972

Autor: AMORIM, Paulo Marcos
Ano: 1970
Título: Índios camponeses: os Potiguara de Baía da Traição
Grau/Inst.: Mestrado em Antropologia Social - MN-UFRJ
Orientador: Roberto Cardoso de Oliveira
Chaves: economia, relações interétnicas
Publicação: Revista do Museu Paulista, N. S. XIX: 7-96. São Paulo

Autor: NASSER, Nássaro Antônio de Souza
Ano: 1975
Título: Economia Tuxá
Grau/Inst.: Mestrado em Ciências Humanas - UFBA
Orientador: Pedro Agostinho
Chaves: economia

Autor: CARVALHO, Maria Rosário Gonçalves de
Ano: 1977
Título: Os Pataxó de Barra Velha: seu subsistema econômico
Grau/Inst.: Mestrado em Ciências Humanas - UFBA
Orientador: Pedro Agostinho
Chaves: economia, história

Autor: REESINK, Edwin Boudewijn
Ano: 1978
Título: 'Olhos miúdos e olhos graúdos em Massacará': an exploratory study of a group of civilizated indians in the Sertão of Bahia
Grau/Inst.: Mestrado (equivalente) - Leyden University
Orientador: ?/Pedro Agostinho
Chaves: economia, relações interétnicas

Autor: PARAÍSO, Maria Hilda Baqueiro
Ano: 1981
Título: Caminhos de ir e vir e caminho sem volta: índios, estradas e rios no Sul da Bahia
Grau/Inst.: Mestrado em Ciências Humanas - UFBA
Orientador: Pedro Agostinho
Chaves: história

Autor: HERNÁNDEZ DÍAZ, Jorge
Ano: 1983
Título: Os Fulniô: relações interétnicas e de classe em Águas Belas
Grau/Inst.: Mestrado em Antropologia - UNB
Orientador: Roberto Cardoso de Oliveira
Chaves: relações interétnicas

Autor: SILVA, Orlando Sampaio e
Ano: 1984
Título: O dilúvio na história-mito e na realidade atual dos Tuxá
Grau/Inst.: Doutorado em Sociologia e Política - FESP, São Paulo
Orientador:
Chaves:

Autor: AZEVEDO, Ana Lúcia Lobato de
Ano: 1986
Título: 'A terra somo nossa': uma análise de processos políticos na construção da terra potiguara
Grau/Inst.: Mestrado em Antropologia Social - MN-UFRJ
Orientador: João Pacheco de Oliveira
Chaves: política, territorialidade

Autor: MOTA, Clarice Novais
Ano: 1987
Título: As Jurema told us: Kariri-ShoKo and Shoko mode of utilization of medicinal plants in the context of modern northeastern Brazil
Grau/Inst.: Doutorado - University of Texas
Orientador:
Chaves: etnobotânica

Autor: BIERBAUM, Bernard
Ano: 1989
Título: Der Lauf des Krebses: Veranderungen in Lebensveise und Orienterung der Pataxo Brasiliens
Grau/Inst.: Mestrado - München Universität
Orientador:
Chaves:

Autor: MATA, Vera Lúcia Calheiros
Ano: 1989
Título: A semente da terra. Identidade e conquista territorial por um grupo indígena integrado
Grau/Inst.: Doutorado em Antropologia Social - MN-UFRJ
Orientador: Giralda Seyferth
Chaves: identidade étnica, política

Autor: BARBOSA, Wallace de Deus
Ano: 1991
Título: Os Índios Kambiwá de Pernambuco: arte e identidade étnica
Grau/Inst.: Mestrado em Arte - UFRJ
Orientador: Heloísa Fenelon Costa/João Pacheco de Oliveira
Chaves: arte, identidade Étnica

Autor: FOTI, Miguel Vicente
Ano: 1991
Título: Resistência e Segredo: relato de uma experiência de antropólogo com os Fulniô
Grau/Inst.: Mestrado em Antropologia - UNB
Orientador: Alcida Ramos
Chaves:

Autor: ALVARES, Myriam Martins
Ano: 1992
Título: 'Yãmiy', os espíritos do canto: a construção da pessoa na sociedade maxakali
Grau/Inst.: Mestrado em Antropologia Social - UNICAMP
Orientador: Robin Wright/Eduardo Viveiros de Castro
Chaves: cosmologia

Autor: BARRETO FILHO, Henyo Trindade
Ano: 1992
Título: Tapebas, Tapebanos e Pernas-de-Pau: etnogênese como processo social e luta simbólica
Grau/Inst.: Mestrado em Antropologia Social - MN-UFRJ
Orientador: João Pacheco de Oliveira
Chaves: emergência étnica, etnicidade, política

Autor: BATISTA, Mércia Rejane Rangel
Ano: 1992
Título: De Caboclos da Assunção a Índios Truká: um estudo sobre a emergência da identidade étnica truká
Grau/Inst.: Mestrado em Antropologia Social - MN-UFRJ
Orientador: João Pacheco de Oliveira
Chaves: emergência étnica

Autor: PERES, Sidnei Clemente
Ano: 1992
Título: Arrendamento em terras indígenas: análise de alguns modelos de ação indigenista no Nordeste (1910-1960)
Grau/Inst.: Mestrado em Antropologia Social - MN-UFRJ
Orientador: João Pacheco de Oliveira
Chaves: história, indigenismo

Autor: RIBEIRO, Rosemary Machado
Ano: 1992
Título: Mundo encantado pankararu
Grau/Inst.: Mestrado em Antropologia - UFPE
Orientador: Danielle Perret
Chaves: imaginário

Autor: SOUZA, Vânia Rocha Fialho de Paiva e
Ano: 1992
Título: As Fronteiras do Ser Xukuru: estratégias e conflitos de um grupo indígena no Nordeste
Grau/Inst.: Mestrado em Antropologia - UFPE
Orientador: João Pacheco de Oliveira
Chaves: etnicidade, política, territorialidade

Autor: GRÜNEWALD, Rodrigo de Azeredo
Ano: 1993
Título: 'Regime de Índio' e Faccionalismo: os Atikum da Serra de Umã
Grau/Inst.: Mestrado em Antropologia Social - MN-UFRJ
Orientador: João Pacheco de Oliveira
Chaves: etnicidade, faccionalismo, política

Autor: VALLE, Carlos Guilherme Octaviano do
Ano: 1993
Título: Terra, tradição e etnicidade: os Tremembé do Ceará
Grau/Inst.: Mestrado em Antropologia Social - MN-UFRJ
Orientador: João Pacheco de Oliveira
Chaves: emergência étnica, etnicidade, territorialidade

Autor: MARTINS, Sílvia Aguiar Carneiro
Ano: 1994
Título: 'Os Caminhos da Aldeia...' Índios Xucuru-Kariri em diferentes contextos situacionais
Grau/Inst.: Mestrado em Antropologia - UFPE
Orientador: João Pacheco de Oliveira
Chaves: política

Autor: NASCIMENTO, Marco Tromboni de Souza
Ano: 1994
Título: 'O tronco da Jurema'. Ritual e etnicidade entre os povos indígenas do Nordeste -o caso Kiriri
Grau/Inst.: Mestrado em Sociologia - UFBA
Orientador: Maria Rosário Carvalho
Chaves: etnicidade, história, ritual

Autor: MESSEDER, Marcos Luciano Lopes
Ano: 1995
Título: Etnicidade e diálogo político: a emergência dos Tremembé
Grau/Inst.: Mestrado em Sociologia - UFBA
Orientador: Pedro Agostinho/Maria Rosário Carvalho
Chaves: emergência étnica, etnicidade, política

Autor: ARRUTI, José Maurício Paiva Andion
Ano: 1996
Título: O Reencantamento do Mundo. Trama Histórica e Arranjos Territoriais Pankararu
Grau/Inst.: Mestrado em Antropologia Social - MN-UFRJ
Orientador: João Pacheco de Oliveira
Chaves: história, territorialidade

Autor: BRASILEIRO, Sheila dos Santos
Ano: 1996
Título: A organização política e o processo faccional no povo
indígena Kiriri
Grau/Inst.: Mestrado em Sociologia - UFBA
Orientador: Maria Rosário Carvalho
Chaves: faccionalismo, política

Autor: MATTOS, Izabel Missagia de
Ano: 1996
Título: Borum, bugre, kraí. Constituição social da identidade e memória étnica krenak
Grau/Inst.: Mestrado em Sociologia - UFMG
Orientador: Pierre Sanchis
Chaves: identidade étnica

Autor: SOUZA, Jorge Bruno Sales
Ano: 1996
Título: Fazendo a diferença. Um estudo da etnicidade entre os Kaimbé de Massacará
Grau/Inst.: Mestrado em Sociologia - UFBA
Orientador: Edwin Reesink
Chaves: etnicidade

Autor: SANTOS, Ana Flávia Moreira
Ano: 1997
Título: Do terreno dos caboclos do Sr. São João à Terra Indígena Xakriabá: as circunstâncias da formação de um povo. Um estudo sobre construção social de fronteiras
Grau/Inst.: Mestrado em Antropologia - UNB
Orientador: Klaas Woortmann
Chaves: emergência étnica, história, territorialidade

Autor: SARMENTO, Paulo Sousa
Ano: 1997
Título: Atitudes e representações diante da morte: alguns elementos para uma definição da concepção de morte dos Kiriri de Mirandela-BA
Grau/Inst.: Mestrado em Sociologia - UFBA
Orientador: Edwin Reesink
Chaves: Cosmologia

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

O ÍNDIO NO SUL DA BAHIA


 “O verde da bandeira que os brasileiros carregavam
representava a mata que a civilização nos tirou; vivemos
nas terras do governo, como párias, esmagados. O amarelo,
que representava a riqueza do Brasil, a pesca e a caça, hoje
estão ausentes de nossa terra; tiraram-nos tudo em nome da
civilização. O branco, que simbolizava a paz tão desejada, hoje
está ausente do homem. E, finalmente, o azul, que representava
o céu, na sua beleza florida – estrelas e astros a brilhar -, foi a
única coisa que a civilização deixou ao índio, e isso porque ela
não pôde conquistar ainda ...”
 
Marçal de Souza Tupã-i
(1920- 1983)




História dos índios da Costa do Descobrimento, Sul da Bahia, região Nordeste do Brasil.


 
Desde 7 mil anos a.C. que povos (nativos - indígenas) viviam na região da Costa do Descobrimento (Belmonte - Santa Cruz Cabrália - Porto Seguro) na Bahia, viviam da prática da caça, coleta de frutos e mexilhões, plantavam mandioca e conheciam a cerâmica. Várias tribos indígenas passaram pela Costa do Descobrimento.


 
Os nativos ( índios ) TUPINIQUIM  foram os primeiros a manterem contato com a armada de Pedro Álvares Cabral nos dez dias que passaram no Brasil, quando do descobrimento em abril de 1500. Eram em torno de 500 nativos da tribo TUPI-GUARANI. No início do século XVI, estes índios ocupavam boa parte do litoral brasileiro.  Chegaram na região em busca da "Terra sem males". Viviam no sul da Bahia e na região de Santos e Bertioga em São Paulo.

O governador Mem de Sá massacrou os índios TUPINIQUIM. Destruiu muitas aldeias e matou milhares de indígenas. Os sobreviventes eram obrigados a reconstruir os engenhos destruídos pelos próprios indígenas e jurar lealdade ao rei de Portugal. Posteriormente eram entregues aos jesuítas para catequização.
A quantidade de índios Tupiniquim era em torno de 85.000 índios. Uniram-se aos portugueses na guerra contra os tupinambá-tamoios que eram os aliados dos franceses. A aliança foi inútil. Em 1570 estavam quase extintos.  
Na  medida que o processo de colonização foi-se tornando mais extensivo e exigente, os colonos começaram a alternar suas relações com os índios. As tentativas de escravização dos índios tornaram-se mais efetivas. Por outro lado, provocavam reações por parte dos índios que não aceitavam a nova modalidade de relacionamento. Nas lutas contra os colonos, os tupiniquins foram sendo dizimados. Aliado a fatores ecológicos e bióticos, como epidemias de varíola, esse processo resultou na morte de mais de dois terços da população indígena do Extremo Sul da Bahia, na segunda metade do século XVI.



Situação atual


Hoje mais de 82% dos 20.789 índios do Estado da Bahia não têm o território de demarcação. Somente os kantaruré, pankararé e kiriri, que, juntos, somam uma população de 4.687 índios têm a situação regularizada. Estudiosos apontam que a situação mais difícil de ser resolvida está no sul e extremo sul da Bahia, onde terras reivindicadas pelos índios estão ocupadas por fazendas e empreendimentos turísticos. As pessoas que vivem nestas terras possuem títulos adquiridos ou doados pelo governo do Estado há mais de 50 anos. 

Passeio imprescindível para o turista conhecer e interagir com os verdadeiros donos da terra! A Reserva faz o visitante entender o valor de se respeitar a cultura indígena. Toda a renda gerada com o turismo é revertida para o posto de saúde, escola indígena, etc, para melhorar a qualidade de vida deles em geral. O peixe assado numa folha e sevido no final é uma delícia. Leve a câmera para registrar as danças!

No sul e extremo sul da Bahia eles estão divididos em dois povos: os pataxós hã-hã-hães, da Aldeia Caramuru-Catarina Paraguaçu, e os pataxós residentes em 22 aldeias da região do entorno do Monte Pascoal. No extremo sul, o problema dos pataxós é a não-aceitação pelos fazendeiros da região da nova demarcação da Aldeia de Barra Velha (que dos atuais 8.627 hectares passou para 52.748 hectares) de acordo com laudo da antropóloga Leila Sotto Maior, da Fundação Nacional do Índio (Funai),  publicado no Diário Oficial da União e da Bahia. 

Para a antropóloga Maria do Rosário, da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o território pataxó deve ser contínuo, sem a divisão que há atualmente entre as aldeias de Barra Velha e Kay e Pequi. O chefe da Fundação Nacional do Índio (Funai) em Itamaraju, Zezito Ferreira dos Santos, mais conhecido como Zezito Pataxó, é a favor da demarcação contínua e tem esperança de que assim será. “A demarcação da Raposa  Serra do Sol nos deixou cheios de esperança. Temos fé que conseguiremos isso”, disse. 

Os hã-hã-hães buscam garantir os 54,1 mil hectares de seu território original. Na área, vivem as cinco etnias (kamakans, tupinambás, baenãs, hã-hã-hães e kiriri sapuiás), que formam o povo hã-hã-hãe. Em maio, o Supremo Tribunal Federal  julgou a Ação Ordinária de Nulidade de Títulos (ACO nº 312-BA). Segundo o líder pataxó Wilson de Jesus o que foi julgado não foi a posse da terra, já demarcada e homologada, desde 1936, mas a nulidade de mais de 400 títulos que estão com os fazendeiros.

Além desses problemas, os índios são constantemente alvo de ações na justiça, por fazendeiros, o que aumenta o conflito na região, já que muitas liminares são concedidas e cumpridas à força com auxílio da polícia.

  
Essa forma de negação dos direitos indígenas contribuem diretamente para confirmar e reafirmar toda a sorte de preconceitos, historicamente construídos para “justificar”, inclusive, as violências cometidas contra esses povos durante o processo de colonização, e constituem parte importante do contexto de violência e de impunidade que ainda ocorrem nessa região.


 
UM POUCO DE CAETANO ... PARA REFLEXÃO ...
UMA ANÁLISE DA MÚSICA “UM ÍNDIO”
Um Índio
 
O “índio” de Caetano Veloso faz a limpeza “astral da terra” para dar inicio a Nova Era:

Um índio descerá de uma estrela colorida brilhante
de uma estrela que virá numa velocidade estonteante
e pousará no coração do hemisfério sul na América num claro instante
depois de exterminada a última nação indígena (os cristãos)
e o espírito dos pássaros das fontes de água límpida

O que pode ser mais avançado do que a física quântica e a holografia para que todos possam ver o índio:
mais avançado que a mais avançada
das mais avançadas das tecnologias

Um índio que trará amor, coragem, força, paz e que certamente virá:
(*)virá impávido que nem Muhamed Ali
virá que eu vi apaixonadamente como Peri
virá que eu vi tranqüilo e infalível como Bruce Lee
virá que eu vi o axé do afoxé, Filhos de Gandhi, Virá

Através da física quântica (átomos) o índio poderá ser visualizado com nitidez e o mais próximo da sua forma original:
um índio preservado em pleno corpo físico
em todo sólido , todo gás e todo líquido
em átomos, palavras, alma, cor, em gesto, em cheiro,
em sombra, em luz, em som magnífico

As pessoas ficarão perplexas em ver o índio falando e não saberão o que dizer:
num ponto eqüidistante entre o Atlântico e o Pacífico
do objeto sim resplandecente descerá o índio
e as coisa que eu sei que ele dirá , fará não sei dizer assim
de um modo explícito

Nesse ultimo verso Caetano Veloso fala sobre o ocultismo que revelará um índio exótico e a sua música termina com um suspense.
e aquilo que nesse momento se revelará aos povos
surpreenderá a todos não por ser exótico
mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
quando terá sido o óbvio...
A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá. (Apocalipse 17 : 8)
As musicas de Caetano possuem uma concordância verbal muito refinada. Aqui ele é cuidadoso em começar o refrão exatamente onde a Bíblia parou, usando a palavra “virá”:
virá impávido que nem Muhamed Ali
virá que eu vi apaixonadamente como Peri
virá que eu vi tranqüilo e infalível como Bruce Lee
virá que eu vi o axé do afoxé, Filhos de Gandhi,virá

 
Com certeza essa música será cantada por muitos no dia da revelação aqui no Brasil. E como diz Caetano “certamente virá, isso é o óbvio do óbvio”.


 Até parece que a letra de Um Índio, de Caetano Veloso (E aquilo que nesse momento se revelará aos povos/ Surpreenderá a todos, não por ser exótico/ Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto/ Quando terá sido o óbvio), foi escrita para legendar as fotos feitas pela Funai (Fundação Nacional do Índio), que posteriormente autorizou utilizá-las como parte de sua campanha para proteger o território dos índios isolados.  

 
Oração da causa indígena

Pai-Mãe da Terra e da Vida,
Deus Tupã de nossos pais e mães,
Venerado nas selvas e nos rios,
No silêncio da lua e no grito do sol:
Pelos altares e pelas vidas destruídas
Em teu nome, profanado,
Nesta nossa Abia Yala colonizada,
Te pedimos que fortaleças
A luta e a esperança dos povos indígenas
Na reconquista de suas terras,
Na vivência da própria cultura,
Na fruição da autonomia livre.
E dá-nos (a nós, neocolonizadores)
Vergonha na cara e amor no coração
Para respeitarmos esses povos-raiz
E para comungar com eles em plural Eucaristia.
Awere, Amém, Aleluia!

de Dom Pedro Casaldáliga





 
O  Texto nos deixa cientes do maior desejo dos índíos, a demarcação de suas terras, como também das dificuldades enfrentadas pelos mesmos, uma vez que suas terras foram invadidas por fazendeiros e grandes complexos turísticos. Desde o descobrimento do Brasil, em 1500, os índios sofrem sendo perseguidos, escravizados, perdendo suas terras, enfrentando guerras, doenças/epidemias trazidas pelo povo branco, o que os levou praticamente a sua extinção. Eles eram obrigados a jurar lealdade ao Rei de Portugal e eram catequizados pelos Jesuitas. Diante de muitas lutas, protestos, chegando até tornar reféns representates da FUNDAÇÃO NACIONAL DO ÍNDIO (FUNAI), algumas aldeias conseguiram regularizar suas terras, como por exemplo a reserva Raposa Serra do Sol, uma área de terra indígena(TI), localizada na Região Norte do Brasil no Estado de Roraima, que tem sua demarcação contínua. Mas a grande dificuldade é a demarcação no Sul e extremo Sul da Bahia, pois as pessoas que vivem nestas terras possuem Títulos adquiridos ou doados pelo Governo do Estado há mais de meio século. Nesta Região os conflitos estão cada vez mais intensos. Já existem muitas áreas de terras demarcadas e homologadas, mas não são os ìndios que estão de posse, são os latifundiários. Acredito que se o Governo não interferir com Justiça, devolvendo aos índios parte de suas terras, já que eles foram os primeiros habitantes do Brasil, num futuro bem próximo, só lembraremos dos Índios no dia 19 de abril e através de canções. Chega de maltratar esta classe praticamente dizimada, explorada e vitimas fáceis da violência, como o caso do Índio Galdino queimado vivo, em Brasilia (DF), e tantoas outras agressões/injustiças. Basta.

ALUNO: ALVARO TADEU MOTA MASCARENHAS MN-20112-HIS-G26


O índio é um assunto sempre presente em nossas vidas, porém o povo branco esquece que os índios tem direitos e na grande maioria das vezes não os respeitam. Muito se fala dele, seja por canais de comunicação, revistas, jornais ou por meio de nossa própria cultura. Porém é importante ressaltar, que pouco se sabe sobre ele, seu modo de viver, suas tradições, seus hábitos e crenças. Cerca de 300 mil índios em que vivem em território brasileiro, tem os seus direitos esquecidos, suas terras roubadas, invadidas, desrespeitadas. Se formos refletir quando pensamos nos quase 6 milhões que existiam em nosso país antes da chegada dos colonizadores esse número não é quase nada.  O caso mais grave de nossos dias se encontra no Paraná com os Avás-canoeiros tribo da qual só restam três membros. Isso é devido a falta de atenção, proteção e a grande luta pela riqueza que vam cada dia mais acabando com os nossos irmão indígenas.
O encontro de raças caracterizou-se por um grande massacre não só de vidas, mas de uma belíssima cultura. Extinguiu-se línguas, mitos, costumes, conhecimentos, técnicas e artefatos. Sem dúvida um patrimônio cultural que jamais será recuperado.
Na realidade podemos afirmar que desde a chegada dos portugueses no Brasil até os dias de hoje, tem havido uma luta constante contra o índio. Luta na qual só existe um ganhador. A vitória é daquele que se julga civilizado.
É preciso que nós façamos um papel diferenciado na sociedade e busquemos ajudar os nossos índios a recuperarem o que lhes é de direito.

ALUNO: LUCIO FLAVIO MASCARENHAS SOUZA MN-20112-HIS-G26
 
 
O Brasil, apesar dos avanços na demarcação das tribos indígenas no Norte do país, a exemplo da reserva indígena Raposa Serra do Sol, no estado de Roraima destinado à posse permanente dos grupos indígenas ingaricós, macuxis, patamonas, taurepangues e uapixanas, ainda há um debito histórico com os povos nativos (índios), que ocupavam este território, no sul e extremo sul da Bahia temos uma situação que se arrasta anos em uma área de conflito, localizada entre os municípios de Ilhéus, Una, Buerarema, Belmonte e São José da Vitoria,  entre os índios tupinambá e fazendeiros.
Essa demora na demarcação nas terras indígenas tem obrigado a comunidade a viver em condições precárias, com graves problemas de saúde e sem área suficiente para cultivar plantas aptas a propiciar a auto-sustentabilidade da etnia. Alem desses problemas, os índios tupinambás são constantemente alvo de ações e liminares ajuizadas por fazendeiros, o que aumenta o conflito na região.

ALUNO: MARILTON RICARDO OLIVEIRA VILAS BOAS MN-20112-HIS-G26

  
O que podemos observar é que historicamente, a situação dos índios variou entre quadros de completo abandono, perseguição e miséria. Até pouco tempo, algumas pessoas acreditavam que a presença dos índios chegaria a um fim. Contudo, estipulados em uma população de aproximadamente um milhão de indivíduos, os indígenas hoje buscam o reconhecimento de seus diretos pelo Estado e ainda sofrem grandes obstáculos no exercício de sua autonomia.
Ao longo da história brasileira, foram muitas as lutas travadas pelas populações indígenas no esforço de preservar seu território de demarcação. Nos dias atuais, essas lutas permanecem intensas e mais do que nunca necessárias, e um dos terrenos mais importantes no qual se faz necessário conduzir esse combate é o dos discursos acerca do "índio". Pois os índios, assim como os negros, são hoje vítimas de um acúmulo de séculos de estereótipos e preconceitos, em torno dos quais se deslegitimam e desautorizam as demandas dessas populações. 
Ao que parece o governo Brasileiro só enxerga o índio do Amazonas. Índio baiano,  quase não se ouve falar. Há um processo de esquecimento que começa na escola, no Dia do Índio, quando se fala da figura exótica indígena, com penas e caras - pintadas, sendo que o índio está vivo e bem ao nosso lado passando por dificuldades desde que nasceu. E essa demora na demarcação das terras  tem obrigado as comunidades indígenas viverem em condições precárias, com graves problemas de saúde e sem nem área suficiente para cultivar plantas que poderiam  propiciar o sustento do grupo.
Não bastando todos esses problemas, os índios no Sul da Bahia, constantemente são  alvos de ações judiciais, acionadas pelos fazendeiros da região, o que consideravelmente aumenta o conflito já existente, já que muitas liminares são concedidas e cumpridas à força, com auxílio da polícia.
Está mais do que na hora dos políticos e governantes reafirmarem o compromisso com as crenças, costumes dos povos indígenas, a crença no Estado Democrático de Direito e que, apesar de séculos de omissão, continuamos acreditando que o Estado Brasileiro possa reparar os erros históricos cometidos no passado e no presente contra esse povo, através da efetivação dos direitos constitucionais, entre os quais o de ser diferente e viver de forma diferenciada, o direito a seus territórios e à proteção social.

ALUNO: PAULO ROBERTO FENTANES BORGES MN-20112-HIS-G26

A história de um povo se dá através das lutas, conquistas e vitórias. A muitos anos os Índios vem sendo um grande destaque na luta por direitos, batalhas diárias por um pouco de respeito por sua identidade.
Os povos Nativos – indígenas, sempre viveram nos territórios do nosso país, alguns relatos dizem que esses povos foram os primeiros moradores das terras Brasileiras. Viviam caçando, coletando frutos e preservando o território que eram deles. Ricos em cultura usavam de seus rituais para invocar Deuses, em troca de curas e realizações. Conquistaram uma vida tranqüila, equilibrada e certamente respeitada. Após muitos anos, os nativos índios Tupiniquins tiveram o primeiro contato com os chamados “homens Brancos”, a partir daí muita coisa mudaram, havendo muitos massacres e destruições de Aldeias, acarretando em muitas mortes de índios inocentes que se opuseram aos comandos desses homens.
 Os índios forneciam aos colonos alimentos, madeiras para construção e trabalho para derrubada de árvores. Em troca recebiam ferramentas, roupas e outros utensílios usados nos seus consumos. Muitos desses índios viviam no sul da Bahia, considerada como a costa do descobrimento, onde o processo de colonização (escravização) foi mais pesado e exigente começando a alternar suas relações com os índios, provocando então reação por parte dessas tribos.
Podemos dizem que esse momento desde a colonização até os dias atuais foi um genocídio, De acordo com o Dicionário Aurélio, genocídio é um "crime contra a humanidade, que consiste em, com o intuito de destruir, total ou parcialmente, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, cometer contra ele qualquer dos atos seguintes: matar membros seus, causar-lhes grave lesão à integridade física ou mental; submeter o grupo a condições de vida capazes de o destruir fisicamente no todo ou em parte; adotar medidas que visem evitar nascimentos no seio do grupo, realizar a transferência forçada de crianças de um grupo para o outro.(Fonte: Dicionário Aurélio) Todos estes atos e muitos outros foram cometidos contra as pessoas que habitavam estas terras. 
Toda essa situação acarretou muitas doenças, que antes não eram conhecidas por esses povos, e hoje atualmente vemos a violação de direitos, onde percebemos que há uma má concentração das terras. Essa situação se resume pelo fato da existência de grandes empreendimentos e fazendeiros nos territórios do sul e extremo sul da Bahia.   Mesmo com tantas reivindicações por parte dos índios, não há um interesse por parte do governo em preservar ou manter a identidade respeitada desses povos. Fazendeiros que a cada momento vem destruindo as demarcações de aldeias. Impondo ou obrigando a sair de terras pertencentes a esses povos.
Hoje em dia em Porto Seguro, no litoral sul da Bahia, índios ainda brigam com indústrias e fazendeiros, pela exploração das terras.  Dizem que a responsabilidade por essa situação está no governo da Bahia, por ter concedido títulos falsos aos invasores, que vem agravando ainda mais a situação do meio ambiente, destruindo plantas nativas atingindo fontes existentes de água.
Até quando essa situação vai se perpetuar, através de conflitos que já mataram pouco mais de 18 lideranças indígenas. Fazendeiros e indústrias visando seu próprio desenvolvimento, deixando de lado os direitos Culturais quase mente apagadas, por falta de respeito por povos que tanto ajudaram na história do nosso Brasil, que sempre lutaram por manter as nossas reservas e recursos naturais preservados.
A luta constante nos faz refletir sobre nossas condições, de conhecimentos e atitudes. Talvez nos façam mudar concepções e conceitos que antes mesmo sem saber adquirimos. Assimilar que temos que rever nossas atitudes pode parecer difícil, mas devemos desde já tornar visível a nossa busca incansável por essa mudança.  Que certamente construiremos aos poucos.

ALUNO: ANTONIO OLIVEIRA LIMA MN-20112-HIS-G26



Na Bahia, na Costa do Descobrimento (Belmonte-Santa Cruz – Porto Seguro), 7 mil anos a.C. viveram os nativos (Indios) os quais foram os primeiros a manterem contato com a Armada de Pedro Álvares Cabral que eram em torno de 500 nativos da tribo Tupi-Guarani que sobreviviam de caça, plantações, coleta de frutos. Chegaram em busca da “Terra sem males”. Com Mem de Sá, a Bahia tornou-se efetivamente o polo central do poder, ajudando a consolidar o domínio de todo o litoral. 
No século XVI, com a chegada dos colonizadores europeus, alguns povos, inclusive os tupiniquins se aliaram aos portugueses, os potiguares e os tamoios, se aliaram aos franceses e os guaranis se aliaram aos espanhóis. O resultado era sempre o mesmo: destruição das aldeias indígenas, escravização, doenças trazidas pelos europeus, fuga das populações indígenas para o interior do continente e para os aldeamentos criados pelos padres jesuítas (as reduções ou missões, onde os índios eram catequizados e perdiam muito de sua cultura indígena. Os índios Tupiniquim se uniram aos portugueses na guerra contra os tupinambá-tamoios em que essa aliança foi inútil, pois em 1570 estavam praticamente extintos.
Hoje a maioria dos índios do estado da Bahia não tem território de demarcação, poucos tem uma situação regularizada. Em algumas regiões da Bahia as terras estão ocupadas por fazendas e áreas de lazer para o turismo que proporcionam passeios e fazem os turistas entender o valor de respeitar a cultura indígena. Mas, no extremo sul da Bahia os Pataxós não são bem aceitos pelos fazendeiros da região. É no sul da Bahia também que está localizada a Aldeia da Pedra Branca, à qual pertencia índio Galdino, que foi queimado vivo por jovens de classe média-alta num ponto de ônibus de Brasília, em 1997.
Os índios vêem sendo alvo de ações na justiça por parte dos fazendeiros e o conflito aumenta a cada dia, pois muitas liminares são concedidas e cumpridas por força policial. As populações indígenas são vistas pela sociedade brasileira ora de forma preconceituosa, ora de forma idealizada. O preconceito parte, muito mais, daqueles que convivem diretamente com os índios: as populações rurais.
Ao longo da história brasileira, foram muitas as lutas travadas pelas populações indígenas no esforço de preservar sua integridade física e cultural no contato com a sociedade envolvente. Nos dias atuais, essas lutas permanecem intensas e mais do que nunca necessárias, e um dos terrenos mais importantes no qual se faz necessário conduzir esse combate é o dos discursos acerca do "índio". Pois os índios hoje são vítimas de um acúmulo de quatro séculos de estereótipos e preconceitos, em torno dos quais se deslegitimam e desautorizam as demandas dessas populações.

ALUNA: LUCIANE FORTES VITORIA MN-20112-HIS-G26